terça-feira, 26 de agosto de 2008

Lenda dos profissionais de T.I.

Conta a lenda que quando Deus liberou os conhecimentos das artes entre os homens, determinou que a "Tecnologia" ficaria restrita a um grupo muito selecionado de sábios, pois entender seus conceitos era uma grande arte! Mas neste pequeno grupo, onde todos se achavam "Semi-Deuses", alguém traiu as determinações divinas... Deus, bravo com a traição, resolveu fazer valer alguns mandamentos para aqueles que escolhessem a tal profissão:
1º - Não terás vida social, familiar ou sentimental.
2º - Não verás teus filhos crescerem.
3º - Não terás feriado, fins de semana ou qualquer outro tipo de folga.
4º - Terás gastrite, se tiveres sorte, se for como os demais, terás úlcera. Às vezes um ou mais enfartos!
5º - A pressa será tua única amiga e as suas refeições principais serão os lanches.
6º - Teus cabelos ficarão brancos antes do tempo, isso se te sobrares cabelos!
7º - Tua sanidade mental será posta em cheque antes que completes 5 anos de trabalho.
8º - Dormir será considerado período de folga, logo, não dormirás.
9º - Trabalho será teu assunto preferido, talvez o único!
10º - As pessoas serão divididas em 2 tipos: as que entendem de TI e as que não entendem.
11º - A máquina de café será a tua melhor amiga de trabalho, porém, à cafeína não te farás mais efeito.
12º - Happy Hours serão excelentes oportunidades de ter contato com outras pessoas loucas como você.
13º - Terás sonhos com códigos fonte, bancos de dados e telecomunicações, e resolverás problemas de trabalho neste período.
14º - Exibirás olheiras como troféu de guerra... E o pior: Inexplicavelmente gostarás de tudo isso!
15º - Não poderás adoecer!
16º - Todo dia tudo recomeçará do zero novamente, pois qualquer conhecimento em TI não vale por muito tempo !

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Einstein é fera

"Da desordem, encontro a simplicidade. Da discórdia, a harmonia. No centro da dificuldade repousa a oportunidade"

Albert Einstein

Tudo Bem

Já não tenho dedos pra contar
De quantos barrancos despenquei
E quantas pedras me atiraram
Ou quantas atirei
Tanta farpa tanta mentira
Tanta falta do que dizer
Nem sempre é "so easy" se viver

Hoje eu não consigo mais me lembrar
De quantas janelas me atirei
E quanto rastro de incompreensão
Eu já deixei
Tantos bons quantos maus motivos
Tantas vezes desilusão
Quase nunca a vida é um balão

Mas o teu amor me cura
De uma loucura qualquer
É encostar no teu peito
E se isso for algum defeito por mim
Tudo bem


Lulu Santos

domingo, 24 de agosto de 2008

Ponto de Impacto

Outra sugestão de livro: Ponto de Impacto (ou Deception Point), de Dan Brown (aquele mesmo autor de O Código Da Vinci).
Ponto de Impacto segue a mesma linha do quarteto mágico de livros do Dan Brown, composto por Fortaleza Digital (Digital Fortress), Anjos e Demônios - A primeira aventura de Robert Langdon (Angels and Demons, predecessor do Código), Ponto de Impacto e O Código Da Vinci (Da Vinci Code, aquele que virou filme).
Olha o resumo do livro:

"Quando um novo satélite da NASA encontra um estranho objeto escondido nas profundezas do Ártico, a agência espacial aproveita o impacto da sua descoberta para contornar uma grave crise financeira e de credibilidade. O peso dessa revelação acarreta sérias implicações para a política espacial norte-americana e, sobretudo, para a iminente eleição presidencial.Com o objetivo de verificar a autenticidade da descoberta, a Casa Branca envia a analista de inteligência Rachel Sexton para a desolada geleira Milne. Acompanhada por uma equipe de especialistas, incluindo o carismático pesquisador Michael Tolland, Rachel se depara com indícios de uma fraude científica que ameaça acabar com o planeta.Antes que Rachel possa falar com o presidente dos Estados Unidos sobre suas suspeitas, ela e Michael são perseguidos por assassinos profissionais controlados por uma pessoa que é capaz de tudo para encobrir a verdade. Em uma fuga desesperada para salvar suas vidas, a única chance de sobrevivência para Rachel e Michael é desvendar a identidade de quem se esconde por trás de uma conspiração sem precedentes."

E não é um resumo sensacionalista que tenta vender o livro de todo jeito, não. O livro é desse mesmo jeito. Quando eu o li, eu tinha que parar certas vezes, voltar e ler de novo algumas partes mais devagar, pois a gente fica tão curioso pra saber o que vai acontecer no próximo capítulo, que começa a pular algumas partes.

Leiam mesmo!!!

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Desculpas

Estou segurando em uma corda
Que me deixa à 10 metros do chão
Estou ouvindo o que você diz, mas simplesmente
Não posso emitir um som
Você diz que precisa de mim
Depois você parte e me derruba
Mas espere
Você diz que está arrependida
E não achava que eu daria a volta por cima e diria:
Que é tarde demais para se desculpar
É tarde demais
Eu me arriscaria outra vez, levaria a culpa,
Levaria um tiro por você
E eu preciso de você como um coração precisa de uma
Batida, e isso não é novidade
Eu te amei com um fogo vermelho
Agora está se tornando azul, e você diz...Sorrindo
"eu sinto muito" como um anjo
O céu me fez pensar quem você era
Mas eu tenho medo
é tarde demais para se desculpar
É tarde demais

domingo, 10 de agosto de 2008

César, Caesar, Kaiser, Czar

Tava assistindo essa semana um programa ótimo que costuma passar na TV Escola. Passa no horário de Malhação, mais ou menos (umas 5 e meia da tarde, por aí). Pra quem gosta de história - e mesmo quem não gosta mas precisa dar uma lembrada pra concurso ou vestibular - esse programa é tudo.
Eu tinha uma professora do ensino médio que realizou a proeza de fazer eu desgostar um pouquinho de história, mas ainda assim sou fascinada principalmente por história antiga (aquela que fala de Roma, Grécia e Egito, principalmente). Com esse programa a gente aprende até fofocas dos generais romanos (kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk).
Na verdade, não é bem um programa, e sim, o conteúdo para o ensino fundamental. É, na verdade uma série chamada Sou César e passa muitas coisas sobre os principais generais como Augusto e César. Foi nele que descobri que os títulos Kaiser e Czar são provenientes do nome César. Muito massa isso!
Adorei ele. Quem quiser assistir, aí vai a dica...

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

O Planeta em Liquidação

Nossa, os livros do Luis Fernando Verissimo são o meu sonho de consumo. Se alguém quer se divertir nessa vida sem sair de casa, baixe ou compre a coleção Verissimo!, que tem os melhores títulos dele como Orgias, Comédias para se ler na escola e A mesa voadora, entre outros.

Mas vou colocar aqui o primeiro capítulo da reedição de Comédias para se ler na escola: Mais comédias para se ler na escola.

O título é: Recriação

Deus suspirou. Estava cansado. Há bilhões de anos, quando era mais jovem e ambicioso, a idéia de criar um Universo não lhe parecera absurda. Agora se arrependia. O empreendimento fugira ao seu controle. Não conseguia se lembrar nem de quantas luas tinha Saturno. Estava
definitivamente ficando velho.
Olhou em volta da mesa de reuniões. Sua presença naquela Comissão de Recriação era dispensável. Como diretor presidente, tinha a última palavra, mas as decisões eram tomadas pela Sua assessoria. Aqueles jovens tecnocratas pensavam que tinham a resposta para tudo. Queriam
tornar o Seu projeto mais moderno e dinâmico. Trabalho mesmo fora o d’Ele. Criara tudo literalmente do Nada. Eles nem eram nascidos. Mas paciência. Precisava acompanhar os tempos. Vetou a proposta do assessor de RP, para que todos se unissem numa oração, e mandou começarem os trabalhos. Odiava o puxa-saquismo.
— Quanto tempo levará a Recriação? — perguntou.
— Bem...
O coordenador hesitou. O Velho, como sempre, queria respostas simples e diretas. Com Ele era tudo luz, luz, trevas, trevas. Mas as coisas não eram mais tão simples. O diretor da Divisão de Obras interveio:
— Precisamos fazer uma análise de custos. Depois, um organograma. Um fluxograma. Um...
— Eu fiz tudo em seis dias — interrompeu o diretor presidente. — E sozinho. Só descansei no domingo. No meu tempo não existia semana inglesa.
Lá vinha o Velho outra vez com suas reminiscências. Está bem, ninguém negava o Seu valor. Mas o tempo dos pioneiros já passara. Agora era o tempo dos técnicos. Dos especialistas.
— Acho que devíamos começar fechando a Terra — disse o diretor financeiro.
Aquele era um assunto delicado. O Velho tinha uma predileção especial pela Terra. Inclusive por questões familiares. Mas Ele ficou em silêncio. O diretor financeiro continuou:
— Acho que a Terra já deu o que tinha que dar. Seus recursos estão esgotados. Não é mais rentável. Não há como recuperá-la. Devemos fechá-la antes que comprometa todo o grupo.
— Você quer dizer simplesmente liquidá-la?
— Isso. Nosso representante lá, o papa, receberia uma indenização. Mas não vejo problemas maiores. E teríamos o que descontar do Imposto de Renda.
O assessor de RP mostrou alguma preocupação.
— Em termos de imagem, pegaria mal.
— Por quê? — perguntou o diretor de pesquisa. — Já eliminamos milhões de outros planetas, alguns bem maiores do que a Terra. Não passa um dia em que não explodimos uma estrela.
— Sei não, sei não...
— Administrar um Universo é um processo aético, meu caro. Temos um projeto a cumprir, metas a serem alcançadas. Não podemos ficar nos preocupando com cada planetinha...
— O problema foi o tipo de colonização escolhido para a Terra... — arriscou o diretor financeiro, olhando com o rabo dos olhos para o Velho. — Desde o começo, com aquele casal, já dava para ver que não daria certo...
— Quem sabe — sugeriu o assessor de RP — se refaz a Terra em outros moldes, mais empresariais? Dias mais longos, para aumentar a produtividade. Uma nova injeção de petróleo, para melhorar sua vida útil.
— Esqueça — disse o diretor financeiro. — A Terra não tem mais volta. Foi muito mal administrada. Está falida. Só estaríamos prolongando a sua agonia, com subsídios. Proponho o fechamento.
A proposta foi aprovada por maioria. Passaram a discutir o formato que teria o novo Universo. A idéia era aumentar a centralização, acabar com a expansão constante para facilitar a administração e cortar os custos de manutenção...
Na cabeceira da mesa, o Velho parecia dormir.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Quem não assistiu "Um amor pra recordar"

Apesar de muita gente ter assistido esse ótimo filme, há sempre aqueles que insistem em ir contra a correnteza. E não vou falar muito deles porque muitas vezes eu sou assim. E fui com esse filme também. Eu analiso o filme pelo título logo: por isso não assistiria nunca Um amor pra recordar - que título chato! Mas a onda foi que colocaram o dvd sem eu saber que filme era. Daí deu no que deu: até chorei! Mas na verdade o filme é a história de amor mais linda que eu já vi.
Uma porque, olha só, eu já tinha lido o livro que deu origem a esse filme. Se chama Um Ano Inesquecível, de Nicholas Sparks (no começo do filme até passa "Baseado no romance de Nicholas Sparks", aí me toquei). E, olha, também chorei quando li o livro. Repara bem como ele começa:
"Meu nome é Landon Carter e tenho 17 anos. Esta é a minha história. Prometo não omitir nada. Primeiro vocês vão sorrir, depois vão chorar... Não digam que não foram avisados. Lá vai."
Nossa. Nessa hora a pesoa espera tudo de um livro com essa introdução... E meninos, esse filme nem esse livro não é só para as meninas românticas, não, é realmente uma história de vida e de vitória. Leiam e assistam viu? Depois me digam as diferenças...

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Metafísica

Quando Einstein morreu, foi para o céu, o que o surpreendeu bastante. Assim que chegou, Deus mandou chamá-lo.
- Einstein! - exclamou Deus quando o avistou.
- Todo-Poderoso! - exclamou Einstein, já que estavam usando sobrenome. E continuou: - Você está muito bem para uma projeção antropomórfica da compulsão monoteísta judaico-cristã.
- Obrigado. Você também está ótimo.
- Para um morto, você quer dizer.
- Eu tinha muita curiosidade em conhecer você - disse Deus.
- Não me diga.
- Juro por Mim. Há anos que Eu espero esta chance.
- Puxa...
- Não é confete, não. É que tem uma coisa que eu queria lhe perguntar...
- Pois pergunte.
- Tudo o que você descobriu foi por estudo e observação, certo?
- Bem...
- Quer dizer, foi preciso que Eu criasse um Copérnico, depois um Newton, etc. para que houvesse um Einstein. Tudo numa progressão natural.
- Claro.
- E você chegou às suas conclusões estudando o que os outros tinham descoberto e fazendo suas próprias observações de fenômenos naturais. Desvendando os meus enigmas.
- Aliás, parabéns, hein? Não foi fácil. Tive que suar o cardigã.
- Obrigado. Mas a teoria geral da relatividade...
- Sim?
- Você tirou do nada.
- Bem, eu...
- Não me venha com modéstida - interrompeu Deus - Você já está no céu, não precisa mais fingir. Você não chegou à teoria geral da relatividade por observação e dedução. Você a bolou. Foi uma sacada, é ou não é?
- É.
- Maldição! - gritou Deus.
- O que é isso?
- Não se escapa da metafísica! Sempre que se chega a um ponto em que não há outra explicação. Eu não aguento isso!
- Mas escuta...
- Eu não aguento a metafísica!
Einstein tentou acalmar Deus.
- A minha teoria ainda não está totalmente provada.
- Mas ela está certa. Eu sei. Fui eu que criei tudo isso.
- Pois então? Você fez muito mais do que eu.
- Não tente me consolar, Einstein.
- Você também criou do nada.
- Eu sei! Você não entendeu? Eu sou Deus. Eu sou a minha própria explicação. Mas você não tem desculpa. Com você foi metafísica mesmo.
- Desculpe. Eu...
- Tudo bem. Pode ir.
- Tem certeza de que não quer que eu...
- Não. Pode ir. Eu me recupero. Vai, vai.
Quando Einstein saiu, viu que Deus se dirigia para o armário de bebidas.
Luis Fernando Verissimo